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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ao que menos importa

"O desconforto anda solto no mundo. E você sempre junto e você sempre atento ao que menos importa" é um intrigante verso cantado por Zelia Duncan na música intitulada Desconforto. Essa música tem uma letra daquelas que fazem a gente parar e pensar sobre coisas que vão se tornando comuns e que, ao mesmo tempo vão transformando nossa percepção em algo desfocado, de modo que passemos a dar atenção a uma série de coisas que não são essenciais.

A mim, incomoda profundamente quando sou obrigado a perder tempo no trânsito. Isso já me irrita normalmente, sobretudo, pelo fato de, por morar em São Paulo, ter de me habituar a ficar em filas quilométricas a qualquer hora do dia e em qualquer que seja o roteiro que eu vier a escolher. Inclusive em finais de semana. Entretanto, tenho tomado isso como um exercício de paciência. Mas ficar parado apenas para aturar a curiosidade irresponsável de alguns que praticamente param seus carros apenas para contemplar um "pequeno incidente" no trânsito... ah, isso pra mim é de mais!

Ontem no Colégio, ao final da última aula, como sempre fui o último a sair. Também pudera: era necessário juntar livros, canetas, controles, computador, fios, papéis e mais sei lá o quê. Um burburinho me chamou a atenção no corredor: eram dois colegas brigando. Dois da sala onde eu estava. Não tive dúvida: com toda a parafernalha na mão, fui me desvencilhando das pessoas que estavam na frente até chegar aos dois e, meio sem jeito, contra uns lamentos e reclamações, separar os dois até garantir que um estivesse suficientemente longe do outro e que estivessem calmos para poder conversar depois.

Até aí, normal. Lidar com adolescentes às vezes (graças a Deus, isso é raro acontecer) favorece esse tipo de acontecimento. Entretanto, ver que havia gente incitando à briga já era algo revoltante. Mas não foi tudo. Tinha gente filmando. Aí, não. Para tudo. "Para o mundo, que eu quero descer". Foi mesmo de mais da conta. Não dá pra fechar os olhos para o fato de que pessoas preferem estar mais atentas ao "espetáculo" de uma cena de briga do que ao fato de haver duas pessoas se agredindo. Afinal, estamos atentos a quê?

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