Valeu a visita!

Daqui pra frente, divirta-se trocando ideias comigo.
Conheça meu outro blog: http://everblogramatica.blogspot.com.br

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O pai no álbum de figurinhas

"Pai, você foi meu herói, meu bandido. Você foi muito mais que um amigo. Nem você nem ninguém está sozinho. Você faz parte deste caminho, que hoje eu sigo em paz". Muito bonitos e emocionantes esses versos cantados por Fábio Junior. Emocionantes, sobretudo, para quem sente intensamente a presença ou mesmo a ausência de um pai. No meu caso, a ausência.

Talvez por isso eu faça da minha paternidade, do meu jeito de ser pai, um conjunto de gestos que tenta resultar na formação de duas moças felizes, inteligentes, fortes, respeitosas e preparadas para o mundo que as aguarda. Para mim, este é justamente o objetivo principal da minha existência: tornar viável a existência delas, cada vez mais independentes, cada vez mais capazes de tocar a própria vida independentemente - inclusive, de mim.

Não tive essa oportunidade. Cedo fui apresentado a perdas. E a primeira perda de que me lembro é a do convívio com meu pai. Mas não vou falar disso aqui, agora, apesar de o momento ensejar que o assunto seja abordado. Penso que a gente aprende a seguir o jogo da vida, seja com todos os jogadores em campo, seja faltando um ou outro. Se o senso comum estiver certo, nada acontece por acaso.

Felizes aqueles que convivem com seus pais de modo saudável, cuidando deles, sendo cuidado por eles. Agradecendo-lhes, sendo agradecidos por eles. Mesmo os que não têm a presença física do pai, mas que o têm fazendo o coração bater - e chorar, chorar de saudade. Inclusive, os que são indiferentes aos pais. Imagino que todos, um dia, reconhecerão que a figura do pai ("herói" ou "bandido") é parte importante do álbum de figurinhas que integram a nossa vida.


Nenhum comentário:

Postar um comentário