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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Esperança jovem já vem

"Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças. Andando em bravo mar, perdido o lenho". Esses são conhecidos versos de Camões nos quais ele discorre sobre perdas e tem como pano de fundo a esperança. Naturalmente, pelo fato de esse poema integrar sua obra lírica, é claro que o poeta tratará de uma visão bem pessoal do que o Amor lhe parece e do que este pode fazer com ele.

Mas aqui não quero tratar disso, não. Como cantaria Lobão: "Pelo menos esta noite, não". Outro dia. Hoje o que me interessa é saber como a esperança parece uma porção desmedida no coração dos mais jovens. Se, por um lado, alguns parecem ser o próprio poço onde jorra a fonte de toda esperança, outros há que parecem ter em si um imenso terreno seco que, muito raramente, é iludido por oásis.

Há alguns jovens que nos contaminam muito positivamente com a esperança que emana deles. Muitas vezes, desmedida e bastante desproporcional, tendo em vista as aparentes condições de que dispõem. Não importa o tamanho do moinho que se lhes apresenta. Como D. Quixote, partem para cima dos obstáculos com uma gana invejável e tão ousada, que despreza os próprios riscos.

Outros há, porém, que fazem jus àquele axioma, segundo o qual enquanto um otimista vê uma oportunidade em qualquer dificuldade, um pessimista vê uma dificuldade em qualquer oportunidade. São pessoas cujo reservatório de esperança já está tão seco, que passam a se sentir como dizia Camões: "dias há que na alma me tem posto um não sei quê que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei por quê".

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