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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

"Existimos. A que será que se destina?"

"Como sou feliz, quero ver feliz quem andar comigo" é um verso da música Brincar de Viver, cantada pela Bethânia, que eu ouço desde que era pequeno, na Mooca. Ouvia essa música na vilinha em que eu morava. Sempre tinha uns vizinhos que gostavam de ouvir música. Alto. Era o jeito de eles compartilharem (sem Facebook). Aprendi a ouvir de tudo um pouco. Aquilo me fazia bem e até hoje mora na minha lembrança ocupando um lugar muito especial, que sempre olho com muito carinho.

Assim como sei as coisas que em mim e nos outros me entristecem, também sei as coisas que em mim e nos outros me alegram. Não é segredo para ninguém o fato de que, neste mundo, depois da existência das minhas filhas, o que me dá mais alegria é ver alguém aprendendo comigo. A sensação de realização que isso me dá é incomensurável. Muito provavelmente, minha satisfação por ter ensinado seja maior do que a da pessoa que tiver aprendido comigo.

Hoje, enquanto preparava uma aluna para provas de um concurso que ela fará em setembro, recebi uma ligação. Não costumo deixar telefone ligado, mas havia uma necessidade das minhas filhas, que poderiam ligar a qualquer momento. Atendi. Não eram elas. Era um aluno meu, um menino de 11 anos, o qual, segundo os médicos, além de ter a atenção deficitária, ainda é hiperativo. Todo alegre, quase gritando de satisfação, estava me informando que havia superado uma de suas provas de recuperação. Eu, ele e a família dele, sabemos muito bem o que isso significa.

É assim, eu acho. A gente existe neste mundo para apoiar e ser apoiado; para motivar, para impulsionar às coisas boas; para aprender, para ensinar. Tudo isso, claro, reciprocamente. Com certeza, um jeito de amar. Aliás, o verso que antecede o que abriu esta reflexão é: "E eu desejo amar todos que eu cruzar pelo meu caminho". Lembro aqui um verso de Caetano: "Existimos. A que será que se destina?" Parte da resposta eu sei.

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