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sábado, 10 de agosto de 2013

Sorriso de Monalisa

"Antigamente quando eu me excedia e fazia alguma coisa errada, naturalmente minha mãe dizia: é uma criança, não entende nada. Por dentro eu ria, satisfeito e mudo: eu era um homem e entendia tudo" são versos antigos cantados por Erasmo Carlos, esse respeitado músico brasileiro que viveu, por muito tempo, como uma espécie de sombra de Roberto Carlos.

Esses versos me vêm à propósito de uma situação que ocorre hoje no Colégio. Há uma enorme grupo de alunos que virão em pleno sábado de manhã fazer algumas provas de recuperação de nota. Virão mais três vezes durante a semana e em horário invertido, além de virem também no próximo sábado. Em cada dia, uma ou duas provas de cada matéria. É bastante; concordo.

Podemos pensar: ah...são crianças e estão com dificuldades de compreensão do conteúdo de cada área. E, assim, como pais, professores ou qualquer outro profissional da educação, vamos dando a eles subterfúgios para superarem (muitas vezes) paliativamente algumas notas, que nem sempre refletem seu aprendizado. Há oportunidades, é claro, em que o apoio que lhes damos acaba se transformando em aprendizagem efetiva. Aí, vibramos com o crescimento desses meninos.

Entretanto, não deve ser incomum nascer dentro deles um "sorriso de Monalisa", daquele tipo que não deixa claro se está ou não está rindo. Penso, satisfeitos e mudos, enxergarem-se como adultos que entendem tudo. Entendem, inclusive, que podem ser crianças quando lhes for conveniente e ser adultos quando a oportunidade lhes parecer efetiva. E a gente fica "com a alma atarantada", como criança que não entende nada.

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