Valeu a visita!

Daqui pra frente, divirta-se trocando ideias comigo.
Conheça meu outro blog: http://everblogramatica.blogspot.com.br

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Pôr um fio por um fio




Uma das maiores verdades que sempre soam com um misto de conformismo e repugnância é a de que nada é para sempre. Muita gente cantou isso, muita gente escreveu, outros tantos apenas pensaram sem admitir, e outros admitiram e pensaram. Espera-se que esta verdade também não dure para sempre.

A fruta que se encontra na fruteira colorindo a cozinha e dando a ela o seu aroma, em breve deixará de estar, assim como deixou de estar na prateleira do mercado, assim como deixou de estar pendurada numa árvore. E não se lembrará mais dela, porque não lembramos das coisas ou pessoas que se tornaram indiferentes na nossa vida. Ou lembramos pouco, com uma remota recordação ou com uma lembrança t]ao genérica, que não se reconhece mais o ponto original.

Quando começa a faltar o respeito, quando se começa a valorizar o que é próprio e não as coisas da própria relação (e às vezes, até, em detrimento da própria relação), quando a indiferença é o sentimento que impera em um ou em outro; quando qualquer outra pessoa é mais interessante do que aquela com quem se convive há dias, meses, anos... enfim, quando esses sintomas vêm, é um claro sinal de que algo precioso já se foi.

Mas funciona assim a vida, afinal as coisas têm ciclos, que são abertos, vividos e fechados. Independentemente do lugar ou da forma como as pessoas, coisas e suas  relações existam, todas elas estão fadadas a perecer. Em seu lugar outras florescerão e promoverão nova forma de vida, aprimorando a anterior, até deixar dela apenas vagas lembranças tênues como fio de corda pronta para se partir, pronta para partir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário