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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A voz do filho



Nesse mundo em que vivemos, uma das coisas mais importantes para a manutenção da nossa existência é ter voz. Claro que não me refiro apenas ao aspecto orgânico da voz, ou somente à capacidade de saber entoá-la afinadamente, mas, sobretudo, ao fato de poder falar para ser ouvido. Saber valer-se da voz para intervir em situações importantes é, mais que um dom, uma grande responsabilidade na condução dos processos em que estamos envolvidos.

Por essa razão, assumir a responsabilidade pelo que se faz com a voz é uma das habilidades de maior importância nos dias atuais. Não é o que se vê rotineiramente, uma vez que há quem só fale por falar, justamente porque há quem só age por agir. Tão irresponsavelmente algumas pessoas falam, que chega a causar asco o quase nulo grau com que respondem pelo que dizem ou fazem.

Às vezes, alguns filhos sabendo que, até por uma questão de respeito, serão ouvidos, fazem mau uso da voz e passam a chantagear seus responsáveis, com argumentos que beiram o patético, isto é, aquela margem em que predomina quase totalmente a emoção, em detrimento da razão. A encontrarem um ouvido que é sensível a esta "voz", praticam uma tirania absurda e chegam a dominar pais e responsáveis.

Há pais que, por superproteção ou por vergonhosa incapacidade de dar à voz do filho apenas a extensão que cabe a ela. Feitos de gato e sapato, muitas vezes são colocados em situações ridículas, apenas pelo fato de serem chamados à razão por alguém que lhe despiu a chantagem em que se viam envolvidos. Pais assim, filhos assim, se cantarem cantarão mal; se falarem prestarão desserviço por absoluta irresponsabilidade. Não se pode dar voz de mais nem voz de menos.

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