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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Homem perfeito 3 - o noivo




Terminei a crônica de ontem me referindo ao homem perfeito (na condição de namorado) como aquele que é um desbravador de escuridões. E parece-me isso mesmo, porque, ao menos por um tempo, o namorado é aquele que traz luz a um momento presente da vida de alguém e, mais que isso, enche de aroma as coloridas flores do jardim do futuro.

Penso que a intensificação desse papel cumprido com tanta eficácia leva o casal a solidificar suas esperanças de construção mútua de uma vida que lhes seja prazerosa, feliz e rica em sorrisos, abraços, passeios, viagens... ou, para sintetizar, como canta Vanessa da Mata: "não vai te faltar carinho plano ou assunto ao longo do dia". Bonito o fato de ambos se embrenharem na empreitada da construção. Construção de tudo: do relacionamento, do cotidiano, dos bens e serviços de que precisarão.

Apesar de muitos ventos batendo em contrário nessa embarcação, há um lado que ainda vigora fortemente e agita as velas: o de se esperar do "mancebo", como diriam os muito antigos, a condução do processo - desde a escolha das alianças, passando pelo pedido e chegando aos preparativos para o casamento. Este é o cara, este é o noivo perfeito, que se doa integralmente ao projeto.

O sujeito inabalável como o Sol, de fé inamovível como uma cordilheira, de força insuperável como de um tsunami... que tenha, ao mesmo tempo, refinada sensibilidade não só para perceber os momentos de delicadeza da amada, como também para poder expressar alguma solicitação interior de seu espírito. Isso tudo diante das demandas do dia a dia - dos preços, das discussões que quase põem fim ao noivado, dos estresses de trabalho, dos parentes chatos (de ambas as partes)... de tudo aquilo que faz parte do sujeito noivo, que de perfeito nada tem, apenas e tão somente um homem, só um nubente.

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