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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Homem Perfeito 1 - o ideal



Pear Jam é a banda preferida da minha filha, por isso, não só é comum ouvirmos suas músicas e assistirmos a apresentações, como também o é tocarmos as músicas dessa banda e conversarmos sobre algumas letras. Hoje enquanto descia para fazer minha corrida, fiz uma playlist só com músicas do Perl Jam. A primeira delas: Better Man. Conhecia, mas não havia prestado a devida atenção à letra (ou, como diria Goethe: não havia ligado importância).

Já na academia, coloquei aquela música para repetir diversas vezes. Foi aí que me veio uma série de reflexões sobre as quais eu gostaria de escrever aqui em sequência ao longo desta semana. Reflexões sobre o que seria o homem perfeito. Gosto do futuro do pretérito, e aqui eu o utilizei absolutamente consciente, no sentido de uma possibilidade condicionada a algo que não existe e que, portanto, não realiza a referida possibilidade.

O auge da minha ignorância localiza a ideia de perfeição (o que é verdadeiro, o que é completamente feito) naquele conjunto de ideias proposto por Platão pela alegoria presente Mito da Caverna - no capítulo VII de seu livro República. Depois me lembro dos quadros e das esculturas, das construções e dos discursos greco-romanos (aquela história do "ponto de fuga" geometricamente centralizado). Daí a ideia se espalhou e vigora ainda hoje, inclusive no imaginário feminino que espera um homem perfeito.

Vou tomar como pressuposto o fato de que homem perfeito, se existiu, deve ter ido com o Werther (de Goethe), deve ter se perdido como muitos quadros, ou virado ruína como muitas esculturas e construções greco-romanas, ou calado como muitos discursos. Entretanto, continua aparecendo para muita gente como sombras interpretadas como o ideal de perfeição em paredes de cavernas. Esse ideal será rompido a cada experiência e sempre se viverá em busca de um "better man", como canta Eddie Vedder, do Pear Jam.

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