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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Visão de criança

"O que você não pode, eu não vou te pedir. O que você não quer, eu não vou insistir" são versos da música Piano Bar, dos Engenheiros do Hawaii - cujo compositor (Humberto Gessinger) tem o dom de juntar palavras tal como criança com seus brinquedos. Hoje vivi uma experiência que me lembrou esses versos e me fez pensar o que ainda não havia enxergado neles. É... crianças têm esse poder de nos abrir os olhos.

Havia encerrado o atendimento a duas alunas no meu escritório, concentrado em fazê-las destravar sua escrita e escreverem com consciência, naturalidade e consistência. Foi uma aula bem legal. Mais legal ainda foi quando a mãe de uma delas veio buscar ambas. Ela estava acompanhada de outros três filhos menores: duas meninas e um menininho de seus 4 anos. Todos muito lindos. Mas não mais do que aconteceu.

O menininho tomou a frente de todos e adentrou o escritório em minha direção. Quando me agachei para cumprimentá-lo olhando nos olhos, ele abriu os braços, aproximou-se mais de mim e me abraçou. Não tive dúvida: me levantei com ele no colo, enquanto ele se aninhava em mim. Sua face no meu ombro, nuca no meu pescoço, seus braços me abraçando como quem queria mais do que me cumprimentar.

Crianças têm percepção mais aguçada do que muitos adultos. Aquele menininho, de algum modo, soube e sabe que eu adoro criança; soube e sabe que sempre terei um sorriso pronto para dar a uma criança, uma brincadeira, um carinho a fazer. Como seria bom se a gente, adulto, pudesse ter a clareza de enxergar nos outros aquilo que eles têm para compartilhar, ou, ainda, se agente pudesse insistir naquilo que as pessoas realmente querem. Quisera eu ser como criança para ver o que realmente interessa.

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