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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Tendências 2: tristeza

Pouca gente conhece o diálogo com a tristeza, que se ouve na música BOM DIA, TRISTEZA, de Adoniran Barbosa.  Segue:  "Bom dia, tristeza. Que tarde, tristeza! Você veio hoje, me ver. Já estava ficando até meio triste de estar tanto tempo longe de você. Se chegue, tristeza, se sente comigo aqui nessa mesa de bar. Beba do meu copo, me dê do seu ombro, que é para eu chorar. Chorar de tristeza. Tristeza de amar".

Essa música me faz pensar na tendência que muita gente tem para a tristeza. Uma inclinação que faz as pessoas preferirem estar tristes a estar alegres. Não me refiro aqui, necessariamente, a pessoas que procuram  a tristeza, mas àquelas que, a vivenciarem uma situação potencialmente entristecedoras, cedem às muitas possibilidades de saírem daquele estado moribundo de letargia.

Em um dos momentos mais tristes da minha vida, aprendi que a tristeza está bastante ligada às coisas que colocamos diante de nossos olhos, coisas para as quais dirigimos nossa atenção. Elas estão atrás de janelas que abrimos para contemplar. Se optarmos por abrir aquelas que escondem os fatos que nos puxam para baixo, que nos enterram e que nos limitam a capacidade de enxergar além, essa será a visão que teremos. Uma questão de opção, pois se deixarmos fechada esta janela das coisas ruins, sem desconhecer que essas coisas estão efetivamente ali, e abrirmos a janela das coisas que nos elevam, que nos dão esperança, que nos fazem rir, a possibilidade de flertarmos com a alegria é muito maior.

Diante de nossos olhos, ao alcance de nossas mãos estão os fatos, os pensamentos, as lembranças, as pessoas, os sentimentos que nos farão bem e os que nos farão mal. Os que nos inclinam para a alegria; os que nos inclinam para a tristeza. Trata-se mesmo de uma questão de querer dar bom dia: à tristeza ou à alegria. Bom dia.

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