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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Nós na cena

"Sempre diz que é do tipo cara valente. Mas, veja só: esse humor é coisa de um rapaz que, sem ter proteção, foi se esconder atrás da cara de vilão", canta a filha mais filha de Elis Regina. Meu Deus, que voz igual! Ali não dá pra disfarçar. É filha de peixe (como diria o ditado). É o que é. E ponto.

Não foram poucos os que afirmaram que esta nossa vida é uma grande representação. Shakespeare, por exemplo, acreditava que todos somos uma grande companhia de atores, e que o mundo é o nosso palco. As situações do cotidiano que enfrentamos são as cenas nas quais somos protagonistas. Outros tantos já reatualizaram tal afirmação.

E é fato para mim também. Acho mesmo que representamos ao assumirmos, no mesmo dia, tantos papéis sociais: ora filho, ora irmão, ora pai; ora aluno, ora professor; ora empregado, ora chefe; ora amante, ora amado... e assim por diante. Em todas as situações, temos que representar e representar bem, se quisermos continuar dignos de integrar determinada cena. A cada um de nós, não basta ser: é preciso parecermos ser.

Até aí, normal. É parte do jogo. Ou da peça em cartaz. A meu ver, ruim é quando a representação é calculada para enganar, por exemplo, para fraudar, para se beneficiar de algo em detrimento de outro ator. Ruim também, em certa medida, é representar contra nós mesmos. Fingirmos ser o que não somos. As pessoas mais próximas e mais sensíveis notam. "Não faz assim, rapaz. Não bota esse cartaz, que a gente não cai, não".

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