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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tendências 1

Um dos principais seguidores de Cristo, àquela época, recém-convertido ao Cristianismo, Paulo de Tarso (o posterior apóstolo Paulo, que dá nome à nossa cidade, ao nosso Estado) passou de perseguidor dos cristãos a um dos mais dedicados cristãos. Esse inteligente senhor, grego sabedor das coisas, registrou um pensamento seu, segundo o qual o bem que ele queria fazer, muitas vezes ele não conseguia; mas o mal que ele não queria praticar, ah... esse - vez por outra - ele se via fazendo.

Essa confissão de um homem tão grande me faz pensar na tendência que o humano tem para o mal. Não sei bem se é por causa do instinto de bicho que todos temos e que muitas vezes se contrasta com as exigências da (dita) civilização que nos caracteriza. Não sei também se é resultado da constante ação do superego sobre o id que, sufocado e recalcado, culmina naquilo que deixamos vir à tona socialmente, e que chamamos de ego - palavra latina que gerou o nosso famoso "eu".

"Sei não; só sei que é assim", como diriam João Grilo e Chicó na peça "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna. É assim, e me parece não ser coisa recente. O humano sempre pareceu tender para a maldade. O registro bíblico o diz: Eva diante da serpente; Adão diante do fruto do conhecimento do bem e do mal; Caim diante da bondade do irmão Abel (aniquilado por aquele)... multiplicar-se-iam os exemplos da gênese do homem até ontem. Até hoje.

Talvez, convencidos de que o padrão socialmente imposto seja o melhor para o convívio geral, restasse-nos apenas o recurso à consciência para observar nossos padrões de comportamento repetitivo, observar nossos instintos que gritam seu direito à vida e insistem em vir à tona... enfim, observar-nos no nosso íntimo para antever a inclinação, a tendência que nos impele para um lado e, conscientemente, dirigir-nos para o outro.

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