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domingo, 7 de outubro de 2012

Titãs: 30 anos

Assisti com um gosto imenso ao show de comemoração dos 30 anos de carreira dos Titãs. Os mais novos talvez conheçam pouco desta banda paulista que revolucionou o rock nacional. Sucessos inesquecíveis vieram ao palco e fizeram o público mergulhar num momento de intenso prazer. Músicas ótimas, letras marcantes e um ritmo alucinante que não deixa ninguém alheio.

Como não poderia deixar de ser, o show contou com a presença dos músicos que saíram da banda, há 3, 10 e 15 anos: o baterista Charles Gavin, o baixista Nando Reis e o vocalista Arnaldo Antunes. Legal ver que a saída deles não impediu que pudessem se reencontrar para promover um show tão impressionantemente bom. No refrão de Homem Primata: eu trabalhava, eu não sabia que o homem criava e também destruía.

Pois é, tem coisas que no curso de sua existência sofrem cisões, separações, distanciamentos, como se passassem a viver numa "sonífera ilha" e, quando possível ou necessário, como numa ponte que parte da ilha em direção ao continente, ou deste para aquela, ocorre o religamento, o novo contato - sem que necessariamente a ilha se agregue ao continente ou este àquela.

Às vezes, porém, o fosso é muito grande. Ou a fenda é muito extensa. Ou a erosão é incomensurável. Às vezes a fissura no osso é muito grande e beira à fratura. Outras vezes o esgarçamento do músculo traz muita dor a cada movimento de expansão ou de contração, de ida ou de vinda. Nesses termos, se não há o que comemorar, como tiveram os Titãs, que cada margem se mantenha onde está - porque "não não dá pra imaginar o quanto é cedo ou tarde demais pra dizer adeus, pra dizer jamais".

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