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sábado, 12 de abril de 2014

Na rua. Na lua.



Faz doze horas que cheguei de uma cansativa, mas prazerosa viagem, na qual tive oportunidade de aprender e de ensinar. Pudera: era um evento de Educação. Cheguei a São Paulo às 15h e atendi meus alunos de Orientação de Estudos até as 20h. Nessa hora, minhas filhas me telefonaram para perguntar se eu poderia ir buscá-las de uma festa à qual estavam indo naquele momento. Com o maior prazer do mundo, claro que fui buscá-las (fazia uma semana que não as via). É justamente desta festa que estou voltando agora, às 3h30.

Assim que saí com o carro, meu olhar foi atraído por uma luminosidade arredondada no céu, meu prateada, meio amarelada. Grande, envolta em luz, soberana no céu. Radiante, a lua se mostrava a quem quisesse ver. Nem uma estrela atraiu meu olhar. Entre semáforos e esquinas, meu olhar escorria sobre ela, como água de chuva no para-brisa do carro em movimento. Ruas e avenidas desertas contrastavam com meu olhar super-habitado de admiração. Literalmente "ad + miração", porque eu lançava meu olhar sobre ela.

Me lembrou Chico César: "Se você fosse lua, dormiria contigo na praia, entraria contigo no mar, choraria teu minguante, seguiria teu crescente, habitaria teu luar". É assim o fascínio da lua sobre mim, desde que, quando ainda menino, adorava ler sobre a ida do homem até ela. Sou de 68; Armstrong pisou a lua em 69. Não sei: talvez eu olhe pra lua mais que ele hoje - por razões óbvias. Quisera eu uma lua cheia de si mesma iluminando minhas noites todo dia.

Mas não há brilho maior do que os dos olhos de minhas filhas. A cada vez que nossos olhares se cruzam, sinto a vida brotar, a esperança renascer, uma satisfação imensa pela existência dessas meninas que, sob a mesma lua que eu, seguem a vida colhendo felicidades. Como Armstrong, a gente também vai passar. Enquanto isso não se dá, o que vale é contemplar o brilho de quem amamos e brilhar junto.

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