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sábado, 5 de abril de 2014

Jogando verde



Quando eu era mais jovem (ou menos velho), havia uma expressão popular corrente, e nós, então adolescentes, abusávamos de seu uso: "jogar verde para colher maduro". A expressão, à sua época, designava qualquer ação de alguém que não tivesse um alcance imediato e que, despretensiosamente, visava a algo localizado num futuro médio ou distante.

Quando um de nós tinha em mente uma menina, por exemplo, e pretendia se aproximar dela almejando algum relacionamento mais duradouro do que rápidas conversas furtivas de corredor na escola, certamente lançava mão do subterfúgio: jogava verde. Aproximava-se mais, elevava o grau de gentileza, acompanhava na volta a pé para casa (sim, nenhum de nós tinha pai ou mãe que levasse ou fosse buscar de carro na escola).

Os tempos passaram, e a gente também ficou um pouco passado, mas não deixa de lembrar daquele tempo para orientar o presente e iluminar o futuro, tanto por ter alguma consciência do que não fazer, quanto por ter acertado alguns passos na direção do bem fazer. Acho que dessa forma teremos jogado verde para semear em nós mesmos um futuro de hoje desfrutamos, com suas virtudes e defeitos.

No plano das ideias - que também é um espaço em que o fazer tem muito valor, apesar do abstrato da coisa - também acontece de se jogar verde para colher maduro. E, neste caso, não é incomum jogar uma ideia abstrata com a firme intenção de colher uma semente concreta. Dessa forma, uns lançam ideias para colher promoção no trabalho, evidência em eventos, proximidade de outras pessoas... E assim, Ceres vai se fazendo presente no dia a dia de cada um de nós.

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