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sábado, 19 de abril de 2014

Braços abertos




Tim Maia: "Braços abertos sempre a esperar. Pois bem, cheguei. Quero ficar bem à vontade, na verdade eu sou assim navegador dos 7 mares". Penso hoje nesta expressão "braços abertos", que caracteriza aquele que está aberto ao que de novo a vida pode oferecer ao longo dos 7 mares que navegamos nessa nossa tão curta existência.

Mas nem sempre os braços estão abertos apenas para o novo. Há nas coisas já conhecidas (assim como nas pessoas) algo de inexplorado, algo com cheiro de novo, com o viço de uma pétala banhada pelo orvalho da manhã que rompe trevas, até então, absolutas. Os preconceitos, as opiniões previamente formadas que enrijecem os pontos de vista são poderosos elementos para cruzar os braços diante do novo ou do velho que mostra ao de novo. De novo.

Cristo Redentor, a estátua, que vigia o Rio de Janeiro (já tão sem vigias), parece abrir os braços por toda a cidade à espera de que todos venham a ele. Por incrível que pareça, há muitos cariocas, muitos fluminenses que ainda não tomaram o trenzinho que leva aos braços abertos daquela estátua. Mas ela está lá, como a gente muitas vezes está de braços amplamente estendidos à espera de... de... seja lá do que for que brote do peito de quem abre os braços.

Situações diversas, muitas vezes, alegres. Situações adversas, muitas vezes, tristes. São momentos que afastam os braços para longe das costelas, e põem uma mão a leste e outra a oeste, na tentativa de oferecer um abraço, um acolhimento, uma conforto, um elogio, um reconhecimento. Hoje o dia foi pródigo disso. Todo dia é pródigo disso. A gente abre os braços. Abrem os braços pra gente. Abraçamo-nos e vamos singrar os 7 mares, cantando Eurithmics "Sweet dreams are made of this. Everybody is looking for something".

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