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quinta-feira, 27 de março de 2014

O bichinho do ran ran



Há muito tempo (acho que no tempo em que eu comecei a me interessar por propaganda - fato que me levou a cursar até o segundo ano de Publicidade) havia um anúncio que lançava como pergunta provocadora para o público o seguinte: "O bichinho do ran ran pegou você?". E, logo a seguir, trazia uma oferta de pastilha que aliviaria os incômodos sofridos pela garganta que se via vitimada por pigarros constantes.

Vivendo numa megalópole como vivemos, sofremos consequências diretas. Tanto boas quanto ruins. São Paulo, cidade que desfruta do glamour de estar entre as 10 maiores do mundo (é a 6ª, com 20 milhões de habitantes), tem um altíssimo nível de emissão de poluentes - o que piora significativamente em épocas de falta de chuva. Aí, não tem jeito: o bichinho do ran ran alcança muitas gargantas.

Muitas vezes o estímulo a este incômodo é externo, como disse acima. Outras, não. Muitas vezes, o sintoma é o pigarro. Outras, não. O estresse de uma cidade como esta (que eu adoro) em geral produz males de natureza não só física, mas também emocional e psicológica. E neste caso, não há pastilha que resolva. Medos, angústias, depressões, traumas e complexos não são curados com simples pastilhas.

Assim muitos seguem seus dias convivendo com sua metafórica garganta incomodada pelo bichinho do ran ran. Entre ruas e avenidas, em entradas sem saídas; entre ônibus e trens, farmácias e armazéns; entre um profissional e outros, como motoristas e pilotos... seguimos nossa vida tirando sarro do pigarro que se instala na garganta e desafina o que canta ou inibe o que encanta.

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