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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Que atire a primeira pedra

Quem de nós nunca passou pela experiência de atirar uma pedra em um lago?

Sempre foi muito legal ver a pedra dando saltos sobre a superfície da água. Para isso, a gente jogava a pedra numa angulação quase paralela à da água. A gente até contava para ver quem fazia a pedra saltar mais vezes antes de afundar-se definitivamente.

Outro modo de jogar pedra em um lago é simples: apenas jogá-la para vê-la formar um dos mais belos espetáculos que a natureza oferece. Quando a pedra penetra o corpo da água, ela forma círculos concêntricos, que vão se espalhando simetricamente em pequenas ondas, um círculo após o outro, um maior que o outro e um mais fraco que o outro.

Por mais doido que possa parecer (e eu sei que pareço, muitas vezes), esse espetáculo é para mim uma possibilidade de reflexão. Sempre que penso nas coisas que faço, penso nelas como pedras lançadas na superfície de um lago. Não para saltar sobre, mas para afundar e formar aquelas ondas que vão se multiplicando, crescendo, até a superfície do lago se acomodar de novo.

Tenho consciência de que as coisas que falo, as coisas que faço, o modo como me porto diante de minhas filhas, de meus familiares, de meus alunos, de meus amigos... produz coisas maiores do que o que eu falei ou do que eu fiz. Assim como os círculos concêntricos de que falei acima. 

Parecendo coisa de doido ou não, entendo que uma palavra de incentivo gera uma sensação gostosa, que desperta um sorriso, que relaxa o espírito, que se transforma em disposição para o corpo, que se abre mais feliz diante do mundo e produz em outras pessoas outros círculos.

É com essa consciência que lanço minhas pedras no lago do meu dia a dia, esperando produzir ecos de coisas boas.

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