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sábado, 29 de junho de 2013

Vitórias-régias e oásis

"Só eu sei os desertos que atravessei. Só eu sei as esquinas por que passei" são versos de Djavan, esse alagoano sensível, esse músico incrível de harmonias, melodias e arranjos notáveis e que vestem versos de grande beleza (apesar de alguns incompreensíveis, como "açaí, guadiã, zum de besouro, um ímã, branca é a tez da manhã [???]). Tem coisa que a gente não entende, mas gosta. Tem coisa que a gente gostaria de entender.

Passei dois dias sem postar coisa alguma aqui no blog. Senti uma falta danada, principalmente, porque este é um espaço em que eu falo pra mim mesmo, eu ouço a mim mesmo, me mostro a mim mesmo até eu me tocar. Poderia dizer, assim, que este é o meu espaço de loucura, de autoimersão, de re-flexão, meu espaço do "conhece-te a ti mesmo" ou do "médico, cura-te a ti mesmo" - aforismos greco-romanos que ecoam através dos milênios. Este blog é algo que quero manter através dos (quantos?) anos que me restam.

Nesses dois dias, deixando de lado a quase insanidade que é a vida de um professor em final de semestre, do ponto de vista pessoal, entrei em contato com certas vitórias-régias que vivem aqui dentro e que congregam um monte de sentimentos, sensações e reflexões que, agitadas à força do vento ou à dança das águas, chacoalham tudo que nelas há e fazem com que essas coisas exalem seu aroma e deem suas formas a sentir - como quem diz: estamos aqui.

Os desta semana foram dias em que oásis surgiram diante dos meus olhos enquanto eu olhava para o horizonte como quem entra com seu carro em um estacionamento absolutamente lotado. Licenças e propostas parecem ter se sentado à mesa para negociar os dias que virão, rever os desertos que atravessei e as esquinas por que passarei.

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