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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Corsário

"Meu coração tropical está coberto de neve, mas ferve em seu cofre gelado. A voz vibra, e a mão escreve: mar", em minha modestíssima opinião, são versos que estão entre os mais bonitos de toda a nossa música nacional. São de João Bosco e dão início à música Corsário.

Corsário é um tipo de navio, bastante antigo, que tinha autorização do rei para atuar como pirata, isto é, para atacar, saquear, destruir navios de nações inimigas. Ele tinha, veja só, autorização legal para ser ilegal. No âmbito da política, já aprendi, o que é legal talvez tenha o sentido de conveniente. Quer dizer: está de acordo com a lei aquilo que for conveniente para o rei.

Mais que uma rima, uma verdade. Isso me lembra a peça Henrique V, de Shakespeare. Depois da vitória da Inglaterra sobre a França, o Rei Henrique V quer beijar a filha do rei francês. Por ser contra os costumes deste último, o beijo tenta ser impedido. Sem titubear, à conveniência do beijo pretendido, o inglês altera um costume milenar, apoiando-se no fato de que as leis são criadas justamente pelos reis.

Mas um corsário, às vezes, sobretudo no âmbito do amor, pode ser ele mesmo alvo de ataques, de saques e de destruições. Pode, ele mesmo, tornar-se a vítima e ficar preso sob o poder daquele que ele quis dominar. "Por você, eu, teu corsário preso, vou partir na geleira azul da solidão e buscar a mão do mar, me arrastar até o mar, procurar o mar". Aí, no âmbito do amor, haverá corsários fervendo em cofres gelados?

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