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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Ter relações e deixar de ter

"Te ver e não te querer é improvável, impossível", canta a banda mineira Skank. Essa é uma letra que fala da irresistibilidade das coisas e das pessoas; fala do fascínio que elas exercem sobre nós. Ou melhor: fala do quanto nos abrimos para receber a fascinação que queremos que elas despertem em nós.
 
Às vezes mantemos com as coisas um tipo de relação de quase dependência. Uma relação que chega ao ponto de não distinguirmos mais se o que estamos fazendo é algo consciente ou se é algo que já nos domina e nos atrai como se aquilo fosse absolutamente natural e impossível de ser negado. Especialmente aquelas coisas que despertam na gente a sensação de querer mais.
 
No cérebro, a serotonina vai a milhão, quando o brigadeiro, o hambúrguer, o chopp, o refrigerante e tudo o mais que diz para o nosso cérebro: "olha, que legal que eu sou; vem, que tem muito mais de mim pra você; deixe eu tomar seus sentidos: perceba meu gosto, meu cheiro, minha textura, minha cor; me ouça enquanto me engole...".
 
A gente chega a uma idade em que reverter certas situações é algo cada vez mais difícil. Daí, todo aquele prazer pode ter se transformado em excessos, em perdas, em uma série de coisas irrecuperáveis. Se ainda houver tempo e forças para o corpo, é sempre bom reconhecer a hora de cortar relações. Nem tudo é improvável ou impossível, em se tratando de uma vida mais saudável.

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