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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Por perto nem sempre é perto

Esses dias estive pensando sobre as pessoas com quem convivo, o modo como convivemos, a relevância de cada pessoa para mim, a importância de cada uma dessas amizades. Costumo dizer para mim mesmo - que é para quem essa informação é realmente necessária - que tenho 5 grandes amigos. Pessoas a quem eu posso recorrer a qualquer hora de qualquer dia, com a certeza de que poderei contar com elas. E, naturalmente, vice-versa. Quantas vezes a casa caiu para um de nós e criou a necessidade de um apoio, uma bronca, uma motivação? Muitas.

FG é um desses 5, sem a menor dúvida. Um sujeito com quem tenho o privilégio de conversar sempre que necessário ou sempre que tiver vontade.Ou mesmo, em um encontro não planejado, como aqueles em que ele chega à padaria justamente em um momento em que estou lá. 

Conversávamos sobre coisas assim, e eu lhe dizia:

- Não, FG, não vejo esses caras todos os dias. Tudo gente da nossa idade, recém pós-40. Na verdade, um, apenas um, está mais para perto dos 50 do que dos 40. Tudo gente com seus compromissos profissionais e familiares; gente que tem um tanto de coisas por fazer. Mas sempre que possível, a gente se encontra.

- Pois é, Ever, eu lembro que muito tempo atrás você falou sobre um cara que, com uma proposta, mudou o curso da sua vida. Como é que foi mesmo?

- Ah! Verdade. Eu fazia o segundo ano de Publicidade. Faltava um para me formar. No final do segundo ano, ele me convidou para estudar no colégio dele, onde estava havendo muitos problemas com violência, drogas, furtos etc. Ele queria que eu fosse ajudá-lo a promover algumas ações no colégio para tentar minimizar este problema.

- E cê foi assim, de boa?

- Rapaz, eu não tive dúvida, não. Nem pensei muito em realização profissional, salários, futuro etc. Quis a possibilidade de fazer algo bom para outras pessoas.

- Pô, cara... ouvindo isso alguém pode te achar um idealista ou um babaca.

- Que achem, FG. Nem os que me acham idealista nem os que me acham babaca poderiam, podem ou poderão alterar o que fiz. Naquela época, aos 17 anos, já fazia pelo menos 4 anos que eu me virava sozinho. Trabalhava e ajudava a sustentar minha casa, com minha mãe.

- E aí, meu? Cadê esse amigo tão importante? Não deveria estar sempre perto, já que é tão amigo assim?

- Não, FG. Acho que não. Estar por perto não significa necessariamente estar perto. Próximo. Junto. Sei lá. Quando penso em meus poucos grandes amigos, não deixo de me lembrar dele. Quando vem ao Brasil, a gente faz questão de sentar, tomar uma cerveja, jogar conversa fora, dar risada e reativar a memória de tanta coisa boa que já fizemos quando ainda estávamos entre os 15 e os 20 anos.

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