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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Do tamanho que eu vejo

Gosto de um verso de Drummond, que diz: "Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais. (...) E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé". Nesse poema, Drummond relata um pouco da sua infância e traz figuras cotidianas que retratam a simplicidade de sua vida e a imensa felicidade que aquilo lhe trazia.

Hoje recebi um comentário ao texto que publiquei ontem aqui no blog. Era do meu cunhado, pai do meu sobrinho, que eu adoro. Um menino que eu estou acompanhando crescer. Um tanto de longe, é claro, que ainda não consegui trabalhar menos e manter a vida que tenho. Quanto estou com ele, por algumas poucas horas, me divirto muito. Damos muita risada, por palhaçadas, por cócegas, por descobertas.

Descoberta ele fez hoje, quando saía da escola com o pai. Teria ele olhado para o céu e visto em um ponto a lua. Aquele espetáculo que a lua está dando gratuitamente todos esses dias (e sobre o qual escrevi ontem). Ficou encantado com aquela imagem redonda e brilhante no céu de um dia frio. Tal não foi sua surpresa quanto, em outro ponto do céu, viu o sol - ainda radiante a iluminar o fim da tarde e a beijar a lua com seus raios. Meu sobrinho fico perplexo, maravilhado, extasiado.

Seu encantamento se deu porque ele estendeu os horizontes do seu olhar. Como um Super-Homem, no auge dos seus 4 anos, olhou "para o alto e avante" para descobrir o espetáculo que a Natureza dá a quem tem olhos para ver, a quem tem coração para sentir e mente para compreender a mensagem que a vida dá todos os dias descortinando-se a todo momento. Meu sobrinho viu para longe de si. Viu para dentro de si. Viu-se como parte integrante desse universo que ele também integra. Tenho certeza de que esse menino brilha tanto quanto o sol e ilumina tanto quanto. Olhar para ele é uma dádiva.



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