Valeu a visita!

Daqui pra frente, divirta-se trocando ideias comigo.
Conheça meu outro blog: http://everblogramatica.blogspot.com.br

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O médico no monstro

Rendeu a conversa com FG a respeito da maldade que algumas pessoas cometem. Sempre dizem que foi no impulso, que foi "sem querer", que não pensaram direito, que isso que aquilo que aquilo outro. Mas, bem particularmente, acho que algum tipo de prazer é despertado nessas pessoas que conseguem ficar bem mesmo depois de infligir o mal, mesmo depois de ver o sofrimento do outro como resultado de uma ação sua.

- Pois é, Ever, isso até me lembrou um negócio que eu ouvi na igreja no domingo passado. Eu não lembro direito o lugar da citação, nem muito bem quem falou a frase, mas eu achei interessante porque ela veio assim, sei lá, reforçar ainda mais esse negócio que eu tô pensando já faz um tempo. No sermão, eu lembro direitinho, foi falado que às vezes o bem que a gente quer fazer, a gente não consegue; e muitas vezes, o mal que a gente não quer fazer, esse sim, a gente faz.  E olha, Ever, isso era fala de um dos caras que seguia Jesus de perto.

- Então, rapaz. Se uma reflexão importante como essa vem da boca de um homem como São Paulo, que passou de perseguidor de Cristo a um de seus mais importantes apóstolos, um dos que mais divulgaram a fé cristã, se vem dele uma frase como essa, o que não poderia dizer um homem "comum", que não tem em Cristo um parâmetro para medir suas ações, seus pensamentos etc.?

Aquelas palavras fizeram meu amigo ficar pensando um tempo, enquanto olhava (sem ver) para algo que nem ele mesmo sabia que estava olhando. Diante daquela cena de estupefação do meu amigo, tomei a palavra.

- Vou te emprestar um livro, FG. É de um autor inglês, R.L. Stevenson e fala um pouco da Inglaterra antiga. Chama-se "O médico e o monstro". Mais do que conhecer um pouco das pessoas e do contexto geral da Inglaterra daquela época, apenas a título de reflexão, vale a pena ver a que ponto pode chegar uma pessoa que abre espaço para cometer maldades contra outras.

Já querendo antecipar o enredo do livro, FG quis saber:

- Ever, já sei, já sei: essa história aí vai falar que mesmo dentro de uma pessoa muito ruim pode ter um médico, alguém que traz vida, é isso?

- Olha, rapaz... - olhei contemplativo para meu amigo... - só tem um jeito de saber.

Nenhum comentário:

Postar um comentário