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domingo, 28 de abril de 2013

Mais longe

Quem não se lembra de Gloria Estefan cantando na abertura dos Jogos Olímpicos de 1996. Confesso que passei a conhecer a moça ali, naquele momento. Até então, não sabia quase nada dela. No entanto, a partir de então, passei a apreciar a qualidade de sua voz, que realmente vai bem além, bem mais longe do que uma voz normal. A técnica e a emoção que ela coloca nessa interpretação, de fato, são elogiáveis.

A música era "Reach" e tinha como refrão: "if I could reach, higher, just for one moment touch the sky". Ao falar dos sonhos que guardamos acalentados, ela sugere esperançosa: Se eu pudesse alcançar, mais alto, só por um momento tocar o céu...  Não há dúvida de que se trata de um desejo que bate o coração das pessoas ditas normais. É preciso um pouco de sonho para viver. Para muitos, é preciso um sonho pelo qual morrer.

Às vezes, os sonhos ganham voz e vêm falar conosco: "Ei, filho! Filho! Dá pra ir mais longe, rapaz!" E a gente fica assustado, muitas vezes pela falta do hábito de ouvir a voz do sonho. Então, a gente ri irresponsavelmente ou incompetentemente e atribui a voz do sonho à voz do delírio, da loucura, à voz da arrogância, da prepotência. Ou simplesmente, a gente dá ao sonho uma voz em soliloquia: deixamos ele falando sozinho.

E aí, ah... e aí, gastamos horas admirando aqueles que souberam identificar claramente a voz do sonho; admirando aqueles que entenderam a orientação que se iluminou à sua frente. Os mais insensíveis, ou os menos corajosos desfrutam de uma incapacidade linguística para voz dos sonhos, se gabam de ser desprovidos de inteligência para o discurso do sonho. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça: todos podemos ir mais longe, mais alto, como atletas pela medalha da felicidade.


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