"Muito pra mim é tão pouco. E pouco é um pouco demais". Gosto de todos os versos desta música do Paulinho Moska, especialmente porque nela é possível perceber como a linguagem utilizada de forma simples, e com seus paradoxos naturais, pode revelar tanta verdade. Mas hoje o que me fez lembrar dessa música foi uma experiência da qual tomei conhecimento.
Estava o sujeito cozinhando contente, achando-se "o chef", a fazer um prato relativamente simples. Daqueles que não requerem prática e tampouco habilidade. Lá pelas tantas, enquanto ouvia música e cantava e cozinhava e dispunha panelas etc., chegou a hora de o sujeito colocar óleo. Abriu seu armário e pegou um frasco de plástico pelo meio, abriu a frágil tampa e despejou o líquido na comida que ele preparava. Foi só quando o cheiro subiu, que ele percebeu que aquele frasco não era de óleo, mas de vinagre.
Depois de rir do relato, eu disse que a história me lembrava a notícia daquela enfermeira que injetou vaselina, em vez de soro, na veia da paciente. Naturalmente, com agressão tamanha ao corpo, a paciente não resistiu e, como dizem os técnicos, veio a óbito. Puxa, vida. Uma distração. Tão pouco. Opa! "Pouco é um pouco demais".
Guardadas as devidas proporções, o muito e o pouco não são medidas assim facilmente mensuráveis, ainda mais se colocadas em contextos diferentes. Sentir-se senhor da situação ou não estar devidamente atento a ela pode resultar em muitas situações um pouco complicadas e/ou em poucas situações muito complicadas.
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