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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A memória emocional

Em geral, são muito engraçadas as letras de Partido Alto. Quem ouviu Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró que o diga. Atualmente, Zeca Pagodinho tem sido um dos que mantêm em alta esse estilo de samba. Como se acredita que "brincando é que se dizem as verdades", nas letras de Partido Alto se diz bastante coisa séria, tanto no âmbito pessoal, quanto no social. É o caso dos versos: "Pimenta pode ser da mais ardida, pois no meu peito já houve ardência maior".

Há momentos que a gente já tomou tanta pancada, tanta lambada, tanta rasteira, tanto "préstenção" da vida, que até no meio de uma situação dessas, a gente consegue forças para alçar a cabeça para fora d'água e inalar um pouco do oxigênio que está fora dela. Num dos momentos mais difíceis que enfrentei, tive um amigo que passava por situação semelhante. Toda semana, almoçávamos juntos, como esteio um do outro para que nenhum dos dois morresse afogado.

Volta e meia, situações ruins se colocam diante de todos nós. Só que, como decorrência da sobrevivência às intempéries de vida, a gente já está mais fortalecido, mais calejado, mais protegido contra os golpes que  virão certeiros de lugares incertos. E aí é bem a hora de acessar a memória emocional capaz de dizer: pode vir, porque "no meu peito já houve ardência maior".

Outra alternativa é justamente ceder ao ataque dos pensamentos ruins, que descaracterizam nosso espírito e riem das nossas forças, que nos assolam bruscamente como serial killers ou como areia movediça que nos puxa lentamente até não ser mais possível inalar o oxigênio que está para fora dela. É preciso ativar a memória das nossas vitórias, daquilo que nos eleva, que nos dá fôlego e nos faz olhar para frente.

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