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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Mal nenhum, bem algum

No auge de seu sucesso, do reconhecimento de seu trabalho como compositor, cantor e intérprete, Cazuza também vivia o auge da doença que o ceifou deste nosso mundo tão precocemente, assim como tantos outros contemporâneos seus. Por essa época, um de seus sucessos estourava nas rádios: a música Mal Nenhum, cujo refrão diz: "Eu não posso causar mal nenhum a não ser a mim mesmo, a não ser a mim".

Quero pegar o verso do poeta e concordar parcialmente com ele, sobretudo, porque parece haver uma visão individualista na ponderação que ele faz. Caso seja verdade que nesta música especificamente ele esteja se referindo ao consumo de drogas, o mal que ele faz não se restringe a ele. Fisicamente pode recair mais sobre ele, é verdade. Mas psicologicamente, muitos sofreram ao vê-lo entregue, vencido pela doença, definhando-se praticamente ao vivo. Morrendo ao vivo, se me permitem o triste paradoxo.

Tristeza à parte pela perda do ídolo de muita gente, quero agora pegar o verso em seu contrário, isto é, eu posso causar bem algum a muita gente. Inclusive a mim mesmo. Em minha corrida desta semana, cheguei com um propósito: baixar o tempo que levo para correr 1 Km. Não sou nenhum corredor profissional. Corro apenas por gosto e para dar ao meu corpo (menos do que eu deveria, infelizmente) melhores condições de encarar o dia a dia.

Foi ótima a experiência, pois consegui baixar em quase trinta segundos o tempo que eu levava para dar uma volta naquela pista do Museu do Ipiranga. Quisera eu ter essa determinação para fazer-me esse bem outras tantas vezes quantas forem necessárias - tanto física quanto psicologicamente. A mim, sem dúvida, e também a outras pessoas. Isso porque sei que posso fazer bem a mim e aos outros.

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