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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O sonho do sonho

"Eu sonhava como a feia na vitrine, como carta que se assina em vão", canta Oswaldo Montenegro um trecho de música que ficou bastante famosa, sobretudo, depois que foi tema de novela. Ele fala de sonhos que, em determinados contextos, apresentam-se como irrealizáveis, como utopia, como desejos tão intensos  e legítimos, quanto calados e absurdos.

Isso me parece ser típico dos sonhos, principalmente porque, de acordo com a conhecida mitologia grega (naquele conhecimento que servia para justificar o que era lacunar e para organizar a compreensão da realidade de um modo minimamente aceitável), Fântaso, filho de Hipnos, personificava o sonho das pessoas de tal forma, que as fazia confundir sonho e realidade, fazia-as fantasiar.

Mas, todos sabemos, há sonhos e sonhos. Desde os mais absurdos e (literariamente falando) fantásticos, que viabilizam seres e acontecimentos completamente fora do padrão e da "normalidade", dando um falso lenitivo aos desejos mais latentes, até aqueles sonhos mais palpáveis, mais concretos, como o de Martin Luter King ("I have a dream..."), todos os sonhos precisam ter seu lugar.

Já ouvi de amigos que, em conversas de bar, revelaram ter a condição de controlar seus sonhos. Isso, sim, pra mim foi inacreditável. Diziam não só controlar o que iriam sonhar, como também dar continuidade ao sonho de onde tivessem parado na noite anterior,e mais: de parar e redirecionar o sonho quando este não seguia o rumo desejado. Ora, ora... para mim, um simples mortal, essa possibilidade é um sonho a respeito do sonho.  Para muitos, isso é sonhar como carta que se assina em vão.

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