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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Dias sim

"Dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo, sem um arranhão, da caridade de quem me detesta". São versos cantados por Cazuza no auge de sua carreira e de sua doença. Sem dúvida alguma, uma figura importantíssima para a nossa música, sobretudo, nos anos 90. Nessa música, na qual faz uma série de protestos contra injustiças socialmente praticadas, ele chama a atenção para a intermitência, para o aspecto intervalar que algumas coisas, que de vez em quando dão uma parada.

Neste feriado de Carnaval, fiquei sem postar texto algum aqui no blog. Foi um período em que muita coisa aconteceu, tanto nos desfiles das escolas de samba, quanto fora deles. O espetáculo das escolas no Rio e em São Paulo. Os trios do Carnaval de rua de Salvador e Recife. Amanhã, quarta-feira de cinzas, o período carnavalesco terá sua parada normal.

Tudo se manteve como sempre nos desfiles. Entretanto, fora dele, algo que desde 1415 jamais havia acontecido. Quem esperaria a renúncia de um Papa? Em sã consciência, ninguém. Ainda mais em se tratando daquele que substituiu o, talvez, mais aceito, mais benquisto, mais reconhecido e mais popular dos Papas: João Paulo II - o polonês Karol Wojtyla. Essa, com toda certeza, não foi uma parada normal.

A idade o fez parar. Reconheceu que não tinha mais condições de levar adiante todos os afazeres que o cargo lhe confere. Se o fim de seu mandato foi inesperado, o fim do Carnaval não o foi. Mas é isso: às vezes, uma parada é necessária. Ora dentro da normalidade, ora não, ora com regularidade, ora com intermitência. Independentemente de serem "dias sim, dias não", à parada deve seguir o firme propósito de continuar. A partir de amanhã, volto a postar diariamente aqui. Dias sim e dias sim.

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