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sábado, 24 de novembro de 2012

Nossa casa interior

Num dos períodos mais difíceis que já enfrentei, tive a feliz oportunidade de conhecer a música de um poeta mineiro - de nome estrangeiro: Vander Lee. Ele ficou famoso quando as rádios passaram a reproduzir sucessos seus como "Esperando aviões" e "Românticos". Mas naquele momento da minha vida, eu gostava de ouvir a música "Meu jardim".

Reproduzo aqui uma parte: 
"Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho.
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho.
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho. 
Estou podando meu jardim. Estou cuidando bem de mim".

Afora a estrutura triádica dos primeiros versos, muito me encanta o fato de se podar o próprio jardim e também o de cuidar bem de si. Nem tudo que cresce em um jardim deve estar grande, irregular ou muito exposto. Podar isso tudo às vezes se faz necessário, para que o jardim fique mais coerente consigo mesmo e, portanto, mais bonito. Para si, para os outros. Suas cores, sua harmonia, seu aroma, a suavidade de folhas e pétalas serão o sinônimo da vida que exala dele.

Tem uma rua aqui perto de casa, por onde passo sempre muito tarde da noite, voltando da Universidade. Quando estou nela, abro as janelas do carro e diminuo a velocidade. Naquele ponto do trajeto, a escuridão da noite é banhada pelo aroma das flores de jardins cultivados ali. Assim são os jardins bem cuidados: espontânea e naturalmente, dão aos outros, inclusive a desconhecidos, o gosto de existir a cada momento.

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