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domingo, 4 de novembro de 2012

A que viemos

"Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar".

São versos de Drummond, que me foram lembrados por uma pessoa muito especial, por ocasião do texto que postei ontem. E ali está o grande poeta mineiro colocando mais uma pedra no meio do nosso caminho ao dizer que o que nos cabe nesta vida é amar. É pulsar a cada dia em favor da vida. Da nossa vida. Da de alguém.

O que nos move em direção às pessoas, às ideias e aos ideais, aos bichos e às coisas? O que nos afasta de tudo isso? O que nos move para longe ou para perto de nós mesmos e dos outros? O amar, o esquecer, o mal-amar, o desamar, o amar - diria o poeta. Da mesma forma que é o amor que promove a vida, com sua força criadora, com seu poder de iluminar as trevas, de fazer os olhos brilharem, de engendrar sorrisos; seguramente é a falta do amor que mata sorrisos, que faz opacos os olhos, que apaga a luz e consome com imenso prazer o último fôlego de vida de quem (ou do que) quer que seja.

Postei aqui outro dia que o que se leva desta vida e o que se deixa para ela nada mais é do que o amor que a gente tem pra dar. Penso que seja pra isto que viemos: para amar. Para amarmos e sermos amados. Para acalmar e trazer esperança e alegria à vida do outro. Isso é o que justifica a nossa existência, porque aquele que ama dá sentido às coisas e faz a vida florescer vigorosa e pulsante. Como canta Almir Sater: "é preciso amor pra poder pulsar". Agora e sempre. Até de olhos vidrados, é que nos resta.

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