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domingo, 10 de agosto de 2014

Ser pai da Isa e da Gabi


Pela janela do carro em movimento numa rua cheia de gente que caminhava entretida apenas no que fazia, eu gritava aos quatro cantos: eu vou ser pai!!! Eu vou ser pai!!! Não me interessava a reação delas; interessava-me apenas a manifestação da minha alegria em face da nova condição de vida que eu viria a assumir: a de pai que estava nascendo para amar sem a menor restrição. E esta alegria me visitou duas vezes, em no início de 97 e em meados de 98, quando a vida me presenteou com a Isa e com a Gabi.

Foi com muita satisfação que eu estendi as mãos para receber da vida esses dois presentes, os mais sublimes que esta minha intensa existência poderia ter ganhado. Muitas foram as noites em que me levantava para cuidar delas em suas cólicas, em suas fraldas por trocar. Tive o privilégio de tê-las em meus braços; depois, de ensiná-las a andar (a pé e de bicicleta); de criar nelas o gosto pela linguagem; a graça de sorrir e de fazer sorrir; de compartilhar valores; de dividir dificuldades; de superar obstáculos e de seguir os dias que a vida nos oferece como graça.

Apenas um obstáculo não foi possível superar. Mas ele também veio a ser um acontecimento que serviu para nos aproximar ainda mais, para nos fortalecer, para mostrar pra gente que, por maiores ou menores que sejam as dificuldades surpreendentes que a vida nos impõe, não devemos esmorecer nem usar isso para justificar eventuais fracassos. Ao contrário, devemos usar para nos estimular a reagir com força e determinação, olhando sempre para o horizonte, para a ponta do arco-iris, para o sol que há de nascer, para o dia que virá e trará mais e mais motivos para sorrir e seguir.

Não, não vão saber, nem elas nem ninguém, o quanto as amo, o quanto ganho de vida a cada momento que olho para elas, o quanto sou renovado em esperança a cada sorriso que vejo em seus rostos, o quanto me alegro a cada vitória que obtêm, o quanto eu me motivo com as palavras de incentivo que dou a elas; o quanto me contento com cada minuto em que estamos juntos. Não me importa mesmo que elas nem ninguém saibam disso. O que me importa é que ser pai dessas preciosidades é ter sentido em existir, é ganhar da vida um presente inestimável a cada dia.

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