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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Gerras (ex)interiores




Estou me esforçando muito para não escrever sobre o que está acontecendo entre israelenses e palestinos há muitos dias. E vou continuar. Em rompantes de indignação, postei uma ou outra coisa. Estou lendo muito, entendendo a origem milenar dos conflitos. Mas ainda estou em conflito interno para decidir se escrevo ou não. Vou continuar ao lado da escrita dos conflitos internos.

Há algum tempo, duas leituras me propiciaram uma maneira de entender o modo como pensamos e como isso interfere diretamente no que fazemos e no que deixamos de fazer. Uma das leituras falava das janelas "killer", que abrimos com a clara certeza de que a paisagem por trás delas vai nos devorar em tristeza, ódio e outros sentimentos inalimentáveis. Outra falava dos pensamentos destrutivos que insistem em habitar o fluxo do nosso raciocínio, e o fazem com tal intensidade, que os mais fracos logo sucumbem.

Desse modo, como os sentimentos - sejam bons ou ruins - habitam a mesma região em nosso corpo, em nossa alma (ou em nosso coração, como pensavam os gregos antigos), os mísseis lançados a essa região afetam quem não tem nada a ver com a guerra. Como uma expressão de guerra (a do "fogo amigo"), lançamos pesadas munições da nossa artilharia contra aquilo que estava existindo justamente para nos proteger, para nos fortalecer.

É preciso ser forte e resistir. É preciso contra-atacar e, dependendo do estágio da batalha, abrir um cessar-fogo e sentar-se numa mesa de negociação em busca da paz. Esse é, aliás, a meu ver, o nosso dever. Penso que buscar a paz seja das ocupações mais nobres a que um homem pode se entregar, a fim de que se criem condições satisfatórias de convivência consigo próprio e com o outro.

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