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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Pare Ser




Entre o parecer e o ser tem um face que ora brilha mais do que a outra. Depois inverte. Mas talvez nem uma nem a outra realmente seja. Realmente. Se bem que ser realmente e realmente parecer é algo que parece ser. Ou que tenta dar a impressão de ser. Parecer. Pare Ser. Em todo caso, perecer perece.


Estava em um restaurante hoje aqui do lado de casa, depois de sair do trabalho às 22h. Parece loucura trabalhar até essa hora na sexta. Aí, entre uma mastigação lenta e um olhar cansado para o distante, meus olhos se focaram em um crachá. Era o do garçom. Seu nome: Wanderland. Achei o máximo. Mas, meu pensamento barroco logo me fez pensar os contrários. Quanto da vida daquele rapaz é, de fato, o que os pais dele quiseram que fosse ao lhe dar o nome? Ter o nome de algo não significa ser algo. Em todo caso, parecer parece. 

Daí minha cabeça pós-moderna já quis associar tudo, como sempre em pensamentos rasos que nada mais fazem do que preencher um certo e perene vazio. O fato de alguém ter uma super guitarra não faz dele um excelente músico. Dominar línguas orientais e ocidentais não faz dá a alguém uma singular capacidade de entender o outro. Pregar paz e amor a todos não significa vivenciar a paz e o amor com todos. Ser educador há 20 anos não significa ser educado sempre. Mas em todos os casos, carecer carece.

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