Valeu a visita!

Daqui pra frente, divirta-se trocando ideias comigo.
Conheça meu outro blog: http://everblogramatica.blogspot.com.br

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Bolso imaginário



Tem dias em que não é fácil para muita gente encarnar uma fênix e renascer a cada dia do abismo em que se vê atirada. Parece que daquela vez o ar não vai ser suficiente; que os ossos não darão sustentação ao corpo; que os olhos se recusarão a ver o brilho do dia; que o coração não terá forças para dar a próxima batida.

Daí a pessoa pensa se vale a pena tentar mais uma vez. Pensa se realmente é verdade que aquela queda foi apenas mais uma provação. Pensa em quantos penhascos ainda haverá de cair. E continua acreditando que aquela despencada pode ter sido a última e, portanto, achando que, no próximo evento, resistirá à força da gravidade.

Nessa hora, a pessoa fica se lembrando de versos como "Às vezes os meus dias são de par em par, procurando agulha num palheiro", como cantava Cazuza. Ou: "Às vezes eu me sinto uma mola encolhida", como completaria Lulu Santos. Ouve Fred Mercury: "How can I go on?". Daí, tira do bolso imaginário da existência mais um fôlego, respira fundo duas vezes... e segue.


Nenhum comentário:

Postar um comentário