E eu, que pensei que isso era apenas uma folha de alface. Saborosa a enfeitar a salada com a qual eu divertiria meu paladar e integraria esta refeição que ora recebe de mim a repugnância de quem encontrou larvas vivas passeando livremente pela superfície verde e crespa.
E eu, que pensei que esse era um simples medicamento que, a despeito do sabor amargo tão característico, ajudaria a afastar de mim a enfermidade que me corroía aos poucos e agora se ressente da reação alérgica inesperada que ora sufoca as vias aéreas relutantes pela vida.
E eu, que pensei que essa era uma simples brisa que viria passear pelo meu rosto e agitar levemente meus cabelos e minha roupa como quem brinca alegremente com os aromas da manhã, não contava com o odor invisível e enrustido que agora insiste em arrancar de meu estômago até o que nele não há.
E eu que pensei que era apenas você chegando.
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