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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ga ga gagueira



No meio da correria do dia hoje, consegui um tempo para ir tomar um café na esquina de onde trabalho. E é engraçado como cada situação tem um potencial enorme de aprendizagem, desde que a gente esteja disponível para absorver o que pode ser digerido (além do café e do pão na chapa).

Ao meu lado esquerdo, um rapaz tomava uma cerveja, sozinho. Uma garrafa mesmo. E não era long neck. E feliz o rapaz, curtindo o que fazia. Enquanto eu pensava sobre o que leva um sujeito a tomar café com pão na chapa enquanto outro toma uma cerveja, entrou um indivíduo e se fez ouvir: "Ih, olha quem tá aqui: o Gaguinho!!" E trocaram um longo abraço.

E não é que o rapaz era gago mesmo. Mas gago gago. Não era pouco gago. Era muito gago. Era Mega gago. Gaguejava nas vogais, gaguejava nas consoantes. Gaguejava muito, mas contava as coisas feliz da vida e compartilhava a cerveja com o amigo. A eles se uniu outro rapaz. E a conversa foi longe. Não pela gagueira, mas pelo prazer da própria conversa.

Um defeito, por certo. Um distúrbio de linguagem. Mas o cara demonstrava estar absolutamente feliz e fazia tudo normalmente com a maior naturalidade. Do mesmo modo, os amigos interagiam sem o menor problema de comunicação. E eu fiquei pensando em quanto a gente se encana com tão poucas coisas e tão menos evidentes. Encanamos tanto, que deixamos cervejas e amigos passarem - assim como um pão pela chapa.

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