Faz dois dias que não escrevo. Também pudera... indo dormir às 2h todo dia para dar conta de uma série de compromissos, estava muito difícil mesmo. A você que acessou o blog e não viu texto novo, desculpe.
Hoje fui assistir a uma peça e, logo que o espetáculo começou, já fui brindado com uma pérola. A peça se propunha a falar de amor, atualizando clássicos como "A Bela e a Fera", associando-se também a textos de Vinícius de Morais, em razão do seu centenário.
A peça começava com uma declamação do próprio Vinícius, numa gravação antiga. Assim que começou o texto e a gente se deleitava ouvindo a voz do poeta, lá pela quarta estrofe, minhas filhas e eu tivemos nossa atenção interceptada por um diálogo que veio da fileira de trás: "ué, será que já começou? tá todo mundo em silêncio!".
O sujeito que perguntou me parece ter associado o início da peça ao silêncio da plateia. Como se se devesse reconhecer o início de uma peça, não por aquilo que lhe é próprio (a declamação do Vinícius - tema da peça), mas ao silêncio que a plateia havia feito.
Ou o rapaz que fez a pergunta me pareceu ensimesmado... ou eu estou ficando velho.
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