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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Degraus de dor

Morte de pai e filha está sendo investigada em Mogi das Cruzes (Foto: Reprodução/TV Diário)
http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2013/11/mae-baleada-em-ponto-de-onibus-e-sedada-apos-saber-da-morte-da-filha.html

Estou aqui pensando em graus de dor, depois de ler esta notícia (link acima). Não sou plateia de programas que exploram violência nem de textos ou imagens que expõem esse tipo de conteúdo. Sei da verdade de tudo isso, sei que tudo isso acontece todo dia. Mas, não é isso que me importa aqui. Importa-me, sim, o que revela o sentimento da mãe dessa menininha da foto.

Sua família toda foi baleada em um ponto de ônibus quando se preparava (a família toda: pai, mãe e filha) para levar aos Correios uma carta a ser enviada para Papai Noel. Muito provavelmente confundida, viu-se envolvida numa situação que provocou os disparos que atingiram todos. E todos, inclusive o marginal que atirou, estão internados no mesmo hospital. Menos a menina, que morreu antes de chegar lá.

A mãe, envolta em dor, no auge dos seus 28 anos, ainda com uma bala alojada no pulmão, assim que recobrou a consciência, teve de resistir a uma dor ainda maior do que a de seus ferimentos: a dor de saber que sua filha havia morrido. Haverá dor maior? Um ser humano resistiria a uma dor maior do que essa? Não sei, não sei. Há degraus de dor. Tomara que para esta mãe o próximo degrau de dor não seja o de continuar vivendo.

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