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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Morrer como

John Smierciak - 10.ago.09/Associated Press

No dia da morte de Lou Reed, postei no Face uma homenagem a esse grande artista. A viúva dele publicou uma carta na qual afirma que Lou morreu pouco depois de fazer exercícios de Tai Chi Chuan. Na carta, curta e de leitura agradável, ela diz também que seu marido teria morrido feliz e contemplando as árvores - afinal, era pleno outono e ele sabia que não havia muito a fazer por sua saúde, depois do transplante de fígado (conforme se lê em http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1365173-lou-reed-morreu-feliz-e-observando-as-arvores-diz-viuva-leia-carta-na-integra.shtml).

É muito interessante o modo de as pessoas lidarem com a morte. Se é a própria; se é a de um distante; se é a de um conhecido; se é a de um amigo, se é a de um parente próximo... enfim: lidar com a morte parece ser tão misterioso quanto a própria morte e o que há depois dela.

Fiquei pensando o que me faria morrer feliz. Vou continuar pensando. Por ora, sei que morreria feliz tendo vivido meus dias honestamente e promovendo o bem, cuidando de minhas filhas até quando puder ser-lhes útil, até vê-las realizadas, independentes, autônomas e - o que é mais importante - saber que continuam tão felizes quanto as vejo hoje, tão amáveis, respeitosas, dedicadas... lindas.

Mas ainda não sou capaz de dizer, de modo mais objetivo, aquilo que me daria a capacidade de dizer: putz! já posso ir. Nem sei dizer como gostaria de morrer (nem se isso é possível); sei que, se pudesse escolher, não optaria por morrer afogado nem queimado. Só sei mesmo que quero continuar vivendo como estou: honestamente e desfrutando do convívio das minhas filhas.





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