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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Bondade e Ruindade

"Deus me proteja de mim, a maldade de gente boa e da bondade de gente ruim", canta Chico César, esse excepcional músico, letrista e figura carimbada de show. Sim, carimbada, porque seu visual é - até onde sei - ímpar, singular: cabeleira vasta, nariz avantajado para os lados e cravado com piercing, imagem que se cola num sotaque tipicamente nordestino de Catolé do Rocha. Uma imagem boa e ruim.

Taí um cara que buscou seu caminho e, depois de passar por muita coisa, trabalhar em revista, foi se firmar como músico. Certamente enfrentou todo tipo de gente (inclusive a si mesmo): gente boa e gente ruim. É muito curioso e, ao mesmo tempo, inquietante ser lembrado subitamente de que as pessoas (consideradas) boas podem deixar vir à tona aquilo que está nelas mas que não é explicitado: aquilo que têm de ruim. Imagino que quando isso vem à tona deva vir com uma força tal, que é melhor não estar na frente, é melhor não ser o alvo da ruindade içada à luz.

Vinda à luz, por outro lado, a bondade de gente (considerada) ruim também deve ser algo que beira o assustador e o deixa sem eira nem beira, uma vez que pode estar escondendo um mal muito maior sob a aparência da bondade içada à luz. É claro que acredito ser possível pessoas (consideradas) ruins praticarem coisas boas. Não nego isso, mas fico com um pé atrás. Um e meio.

Agora, mais do que sermos protegidos da maldade de gente boa e da bondade de gente ruim, é preciso que sejamos protegidos de nós mesmos. Meu Deus! Quanto precisamos crescer no conhecimento de nós mesmos e do mundo que nos cerca, das pessoas que nos cercam, de tudo que está acerca. De tudo que somos. Nós, eternos desconhecidos de nós mesmos guardamos em nós (além de nós mesmos) a bondade e a ruindade.

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