"Não se ofenda com meus amores de antes. Todos tornaram-se pontes pra que eu chegasse a você". Versos de Jorge Vercilo (sobre quem já me manifestei aqui), na música Monalisa. Gosto da metáfora da construção presente nesses versos. Ele me faz enxergar o processo constitutivo de cada coisa, de cada realidade... de cada um de nós.
Ontem escrevi aqui a respeito da apresentação que nossa banda iria fazer na abertura do Festival Champagnat hoje pela manhã. Por se tratar de um evento grande, talvez o mais expressivo da Escola, na medida em que envolve todos os alunos - o que se intensifica na abertura do Evento, quando estão todos, todos, reunidos em um só lugar. E, além deles, assistentes, coordenadores, diretores... quer dizer: tocar em um Evento desse é de uma responsabilidade muito grande.
Se, por um lado, é interessante analisar a confiança da Escola no nosso trabalho, por confiar todos à nossa responsabilidade (ainda que por meia hora); por outro lado, é pertinente observar o nosso comprometimento com aquela situação - o que nos levou a nos preparar responsavelmente para oferecer à comunidade toda uma apresentação de qualidade, à altura das expectativas depositadas em nós, tanto pelo corpo diretivo, quanto pelos cerca de dois mil alunos que nos assistiram.
Aí reside minha questão de hoje. A nossa apresentação não começou ali no palco às 11h30, mas muito, muito antes: desde a escolha da gente para tocar, passando pela seleção de repertório, pelo treino sozinho em casa, pelas muitas horas de ensaio no estúdio... tudo isso tornou-se uma grande ponte para que chegássemos com segurança e tocássemos as músicas. Nossa dedicação prévia me lembrou uma frase do livro do Bernardinho (técnico da seleção de vôlei): "A vontade de treinar tem de ser maior que a de vencer".
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