É Natal e todo mundo está revestido daquele espírito que aprendeu a cultivar para colher justamente neste momento do ano. Todo mundo fica tão cheio de bons desejos, que deseja o bem para todos o tempo todo. Não só bom Natal, mas já emenda Ano Novo e o imbatível tudo de bom. Comportamento aprendido. É preciso manter esse tipo de comportamento. Faz bem. Também é preciso desaprender outros tantos.
Muito engraçado como algumas coisas a gente realmente desaprende, isto é, perde a destreza e até um certo automatismo com que se fazia determinada ação. Uma língua, por exemplo. O não uso frequente dela provoca sérias dificuldades numa hora de necessidade imediata. Parece falhar o domínio lexical ou domínio morfossintático. Deixar de andar de bicicleta, também. De moto. Isso requer do corpo uma energia enorme para lembrar o que se fazia com naturalidade. Parece que a gente vai desaprendendo as coisas.
Que este Natal possa nos trazer a graça de desaprender pensamentos, sentimentos e atitudes destrutivas ou autodestrutivas, que em vez de fazer jus ao Natal (dando nascimento), fazem o contrário. Que o mestre Cotidiano possa nos ensinar a desaprender - o que vai depender de um grande esforço de cada um de nós. A começar por mim, isso vai fazer com que não só Natal seja bom, mas que todas as épocas de todos os anos, novos ou não, também o sejam.
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