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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Em seu lugar



O contato com adolescentes é mesmo fascinante no que diz respeito ao universo de aprendizagem que vivenciamos com eles. Com minha idade, eu já estaria na minha terceira adolescência e, por mais chavão que possa parecer, sempre há o que aprender com eles. Duas experiências recentes ilustram bem isso: a primeira, com minha filha; a segunda, com um aluno de Ensino Médio.

É sempre daqueles rompantes de ideias que parecem vir à luz, como se estivessem se apresentando para a vida naquele exato momento. Uma vivacidade de novidade que viceja de longe no olhar. "Pai!" - vinha ela com uma fisionomia cuja expressão era um misto de descoberta com indignação - "Você já reparou como estão erradas as pessoas que falam que se estivessem em nosso lugar agiriam de forma diferente?". Frente à minha negativa, ela disse: "Pensa: se alguém estivesse no meu lugar, ela estaria sendo eu. Logo, ela pensaria, seria e agiria como eu!". É, no mínimo, intrigante a reflexão que ela propôs.

Depois daquelas reflexões de velho experiente, de quem já passou por mais da metade da vida, sempre vem aquele conselho, aquela orientação de quem se vê num estágio de sabedoria superior: "olha, já passei por isso aí; sei exatamente o que você está passando. Quando enfrentei isso, tomei esta e aquela medida". E o jovem, iludido pela aura de sapiência, é levado a acreditar que o velhinho não só passou pela referida situação, como também que a superou. É... só estando no lugar para saber.

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