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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Simples alegrias

"Não é preciso mais do que uma simples alegria para me aquietar o espírito" é um dos versos de Osvaldo Montenegro no poema Metade (http://letras.mus.br/oswaldo-montenegro/72954/) - sem dúvida um dos mais bonitos poemas que já li, especialmente naquele que foi um dos momentos mais áridos que já enfrentei. O poema fala do todo e fala da metade, de um mosaico de metades que vão se unindo a outras metades, num jogo em que as coisas vão se complementando, até o verso final: "...porque metade de mim é amor; e a outra metade...também".

No dia absolutamente corrido que temos, é preciso estar de olhos bem abertos, bem abertos mesmo para poder olhar com muito carinho alguns pequenos momentos, algumas pequenas alegrias que vêm em meio a um turbilhão de afazeres, de compromissos, de papéis, de assinaturas, de trajetos e de reuniões, de telefonemas e relatórios, de algumas frustrações, de tantas coisas normais e de algumas pequenas alegrias.

E são justamente essas pequenas alegrias que estão penduradas no abraço de um amigo, ou no bom dia de alguém que não tem o hábito de fazê-lo, ou que, pelo menos, não temos o hábito de observá-lo fazer. Pequenas alegrias que estão em singelos agradecimentos ou em minúsculas e desinteressadas atitudes reveladoras de grade respeito e consideração.

Aquietam o espírito algumas pequenas alegrias presentes em um carinho de filho, em um sorriso de mãe, em um apoio de pai. Pequenas alegrias que estão em nós mesmos, na rejeição a um alimento tentador mas pouco recomendável, na execução de um exercício naquela série que fatalmente seria vencida pelo cansaço. Tênues sinais de satisfação que percebemos brotar em nós com resultado de um sentimento por estar realizado. Simples alegrias que aquietam o espírito.

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