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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Essa estupidez

"Sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo. Quantas vezes eu tentei falar que no mundo não há mais lugar pra quem toma decisões sem pensar", cantava Roberto Carlos nos anos 70, quando eu ainda era uma criança e tinha acabado de vir morar em São Paulo. Exaustivamente tocada nas rádios da época, a
música é Sua Estupidez, http://letras.mus.br/roberto-carlos/48685/, e tem a verve normal daquela geração Jovem Guarda e com os arranjos musicais muito bem criados, entre um instrumental e um pop.

A música, em si, trata de uma pessoa que realmente não percebe que uma outra a ama tanto, que acredita na possibilidade de agir para que ambos possam se unir e construir uma história interessante e vivificadora das duas partes. Parece-me que o foco está "no lado de lá", isto é, no lado de quem não quer receber o amor do outro. Claro que este "outro", por frustração e ferimento na alma, pode se dar o direito de considerar tal atitude uma estupidez. Ou de considerar estúpida a pessoa que a nega.

Será a mesma estupidez aquela que impede alguém de se permitir amar? O Humanitismo de Quincas Borba (personagem de Machado de Assis), o Yin Yang e tantas outras maneiras de ver o mundo afirmam que as coisas não são díspares, contrárias entre si, irreconciliáveis, mas muitas vezes constituem parte de uma mesma realidade, como se fossem dois lados de  uma mesma moeda. Ambos os lados contribuem para a   constituição do valor da moeda.

Claro que, em primeira instância, estúpido é uma característica de quem é desprovido de inteligência, alguém que age sem discernimento. Vale acrescentar aqui que estupidez também significa falta de sensibilidade. É... eu não hesitaria em dizer que, quando se juntam a insensibilidade com a ignorância, dá como resultado a estupidez. E a estupidez faz a gente (do lado de lá ou do lado de cá) deixar de ver coisas sublimes, presentes e futuras.

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