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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Per - missão do tempo

"O tempo passou na janela e só Carolina não viu". É um verso da música Carolina (http://letras.mus.br/chico-buarque/45122/), do Chico Buarque, a qual retrata o fato de alguém perder as mudanças que se dão no mundo (pessoal e social), alguém que perde tempo mantendo seu olhar, sua atenção em coisas que (para muita gente) não são essenciais.

Não sei o quê. Mas tem gente que não consegue resumir um texto, por exemplo, porque não vê diferença entre o que é essencial e o que é acessório. Tem gente que não consegue dizer algo com objetividade, porque tem necessidade de dizer tintim por tintim. Tem gente que não consegue aproveitar o essencial das relações humanas, porque está submersa nas relações de trabalho. Tem gente que não enxerga as coisas simples, de tão compenetrada que está no estudo das coisas complexas.

Tempo também se perde. E, diferentemente de muitas outras coisas na vida, tempo não se recupera. Aprendi isso lendo O Profeta e, apesar da simplicidade da aprendizagem, este é para mim um ensinamento absolutamente significativo. Para se "recuperar" um tempo, é necessário tirá-lo de outro lugar. Logo, não se recupera, apenas se transfere o lugar da perda.

O tempo com os filhos talvez seja um dos que mais devamos aproveitar. Com demais familiares, idem. Com amigos, sempre. Com a gente mesmo, todo dia. Se se trata de festa, de diversão, de reunião, de lazer, de esporte, de simples bate-papo... não importa. Importa que o tempo investido com as relações humanas é tempo que a gente não vê passar, de tão rápido que passa em razão de ser tão bom! Como o tempo não pede permissão para passar, é preciso estar atento ao modo como o vemos passar.

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