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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Gosto

"Românticos são tipos populares que vivem pelos bares e mesmo certos vão pedir perdão. Que passam a noite em claro, conhecem o gosto raro de amar sem medo de outra desilusão ". Conheci esses versos na voz de Rita Ribeiro. Só depois fui saber que era de um poeta mineiro de que gosto muito: Vander Lee - que já citei aqui algumas vezes também.

Esse parágrafo introdutório tem tanta coisa pra ser explorada, que me recuso a tratar de uma só vez. E está mesmo cheio de gente por aí, no gosto do povo e no povo do gosto - gente que, de bom gosto ou não, consegue estar a disposição de todos; gente que consegue fazer com que o outro sinta-se mais a si mesmo; gente que não se preocupa - antes, se alegra - mais em dar de si a outro do que receber do outro para si.

"Pode até parecer fraqueza", como canta Lulu Santos, mas se trata de uma fraqueza que fortalece esse tipo de gente romântica. Parece ainda mais quando alguém é surpreendido por um pedido de desculpas, mesmo sabendo que aquele que se desculpa não é aquele que deveria pedir desculpas. É assim com românticos: mesmo estando certos, vão pedir perdão. Importam-se mais com serem felizes do que com terem razão.

"Pois que seja fraqueza então (continuaria Lulu Santos). A alegria que me dá... isso vai sem eu dizer", porque aí está a maior fortaleza do romântico: o cara ama, ainda que dê errado. Ama. Tem a capacidade de "amar sem medo de outra desilusão". Tal como Vinícius, ama como se fosse infinito o amor enquanto este durasse. Quem me dera.


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